26.8.08

Upai-vos ó Vítima da Fome

2006. caio inadvertidamente como que por um encanto nos domínios da blogosfera que por sinal, comporta a viabilidade potencial sim, de se produzir discussão - o que já constitui um caminho estratégico para qualquer transformação que se almeja realizar.

pessoalmente, vislumbro um campo de florescimento dessas latências à princípio, na atividade intelectual que estrategicamente se possa desempenhar lançando mão dos multimeios digitais, das plataformas de relacionamento e compartilhamento. o que hoje se compreende por cyberativismo, paradoxalmente torna " virtualmente impotente" e abstrato as iniciativas físicas que não estabelecerem uma conexão permanente com o fluxo livre de informação que a revolução da internet está sendo capaz de prover.

fenômenos como os flash mobs dão a receita de como se juntar gente para ações possíveis, sejam culturais ou políticas, por que não? à despeito das grandes corporações de entretenimento por exemplo, que "enfrentam" atualmente todo um complexo esquema de adequação ao irremediável sistema de P2P ( per to per ) de distribuição e trocas do produto cultural. aí também incluem-se todos os demais vetores que ocilam na órbita do que se compreende por internet 2.0. são as ferramentas de que dispomos. e se você ainda tiver dúvida, pensemos em todos os conflitos e incidentes internacionais da última década que, pára além de todos os bombardeios genocidas representaram igualmente uma guerra paralela, não menos atroz: - A GUERRA DA INFORMAÇÃO - através da qual se disputava a conquista da opnião pública, do consentimento dos contribuintes dos fiscos que financiam as guerras, tão caros à encenação magistral de uma democracia representativa que se imagine sustentável. são as CNN's Vs. All Jazira's da vida ou a manipulação midiática durante a desarticulação de uma Iugoslávia que desmoronava em massacres étnicos orquestrados diante à caridade ocidentalizada da comunidade européia. a herança do socialismo antepassado quer utópico ou científico gerou acúmulo de experiências significativas ao pleitear o controle operário dos meios de produção, apesar de sua suposta derrota histórica. se por (des) ventura, perdermos para as majors, para os conglomerados e para as mega-fusões corporativas o direito de protagonizar essas importantes mudanças operacionais que partindo da rede, estão determinando a configuração do tecido comercial ( e, social- político talvez ? ) aí sim, aí poderemos lamentar uníssonos em melancólicos soluços, o fim das utopias. no epílogo da história tinha um hiperlink .foi bom pra você, Fukuyama* ?

* Francis Fukuyama: Teórico nipo-estadunidense e principal ideólogo do Neoconservadorismo, autor de " O Fim da História e o Último Homem ".

Um comentário:

Anônimo disse...

Compa, pra variar concordo com quase tudo deste teu ótimo texto.

Fukuyama de tão escroto foi abandonado pelos colegas Neoneoliberais.
A história delles, começou debaixo do bombardeio dos nazistas, enquanto os delles estavam sendo mortos pelos nazi-facistas eles preparavam o bote em algum instituto de formação de pensadores para implementar seus planos. Chicago foi o que conseguiram, mas depois de quase 20 anos. O primeiro país veio só em 11 de setembro (1973), com o golpe de direita no Chile. Mas o ideário neoneo só foi utilizado pq era o que tinha pronto, sem dar muito trabalho nem pros milícos e nem pros políticos dos EUA.

A turma delles sabe melhor que os filhotes de Marx: Idéias (e ideais) não morrem nunca.