23.8.08

O Simulacro Nosso de Cada Dia

A fim de evitar os maldizeres da mestra Glorinha Kahlil... compartilho do ranso de Noam Chomsky, rechaçando o cogito discursivo instaurado e perpretado pela intelectuália do mundo... ) Se por um lado esse "rigor", esse "estilo" funciona como indicador de hiererquia, subjugando o leitor mais singelo ao caráter institucional da " autoridade intelectual ", por outro, gosto de pensar na linguagem como ferramenta "informe" e sensorial, isenta de critérios de julgamentos unânimes e constantes. Enfim, a bandeja de apresentação e o antepasto textual da idéia-essência. No curso da história, o "gostus" surge como um fluido amorfo determinado mais pelo recepiente dos paradigmas ou qualquer outra porcaria que o valha! Mas exatamente no contexto da sociedade de produção de bens de consumo, estamos impelidos a conceber as formas, uma vez que estas apresentem uma função. É a ditadura da noção de Utilidade.

Não obstante, há vetores ornamentais que demandam maior discussão. Temei ó Jerusalém à amplitude da busca da realização sintético-virtual!

Se a hegemonia desse comportamento do "Culto ao Corpo" significar uma simulação da auto-afirmação de um patrimônio ambulante na relação ter/poder , podemos dilatar esse pensamento para o Metaverso- ( ver “Second Life”, “ Orkut” e afins ) aonde não há limite para a simulação que sejam formais ou éticos. Podemos nos transformar sem dor. A velocidade com que eu aumento meu bíceps, camuflo imperfeições ( de caráter ou estéticas ), me formo advogado, Califa do Petróleo ou astro pornô é infinitamente maior. Enfim, a possibilidade virtual como um desdobramento da mesma lógica.


Felizmente ou infelizmente ainda não podemos ser o Flávio Tavares, o Joe Sacco ou o Lars Von Trier, pois ainda não é possível extrangular a subjetividade da vivência dentro de um bit de computador. O que não significa que estamos longe disso.

Nenhum comentário: